Nota de Rodapé 195: Lula mente para Boris Casoy 2002

Muito é dito sobre o Lula paz[1] e amor na campanha eleitoral de 2002, geralmente com elogios e como uma estratégia inovadora de transformar o operário “maltrapilho” que assustava o mercado num homem comedido nas palavras, que acenava para a livre iniciativa e ponderado nas exposições de pautas mais à esquerda.

Para dizer a verdade, esta não era uma inovação de Duda Mendonça, seu marqueteiro na época, mas sim a repetição da estratégia aplicada por Hugo Chávez na eleição na Venezuela.[2]

Um exemplo prático é a entrevista que Lula concedeu ao jornalista Boris Casoy, ao vivo, na TV Record, durante a campanha eleitoral de 2002.


[1] “Lulinha paz e amor” primeiro simbolizou o candidato que evitava ataques diretos a seus adversários e usava o programa eleitoral na TV para prioritariamente divulgar seu programa de governo. Também ficou marcado pela carta ao povo brasileiro, texto assinado por Lula da Silva, assegurando que, em caso de sua vitória, o Partido dos Trabalhadores (PT), respeitaria os contratos nacionais e internacionais. A carta foi lida no dia 22 de junho de 2002 durante encontro sobre o programa de governo do partido.

[2] Ver Nota de Rodapé 194 clicando aqui