A escravidão é uma grande mancha na história não somente do Brasil, como de diversos outros países espalhados pelo munto. No entanto, uma das maiores inverdades espalhadas ao longo da história recente por alguns professores e muitos historiadores de cunho marxistas que enxergam somente revolução e luta de classes, é que o governo imperial brasileiro fomentava a escravidão no Brasil como meio de controle político, quando na verdade o processo era justamente o inverso.
O Rei absolutista
Um dos principais erros plantados no imaginário do brasileiro é de que o Imperador era absolutista, ou seja, mandava e desmandava como bem o quisesse, sendo assim poderia ter findado a escravidão com uma simples canetada. Porém, o Brasil na verdade era uma Monarquia Constitucional e o imperador não poderia forçar sua vontade à Assembleia Geral, que infelizmente era formada por uma elite política em sua grande maioria escravagista.
Os primeiros esforços: José Bonifácio e a primeia Constituinte.
Um dos primeiros esforços realizados no Brasil pós independência para o fim da escravidão foi protagonizado por José Bonifácio de Andrada e Silva, na primeira constituinte brasileira. O projeto de Bonifácio tinha como objetivos principais:
- Acabar com o tráfico negreiro em, no máximo, cinco anos;
- Facilitar as condições de compra de alforria por parte dos escravos;
- Acabar com os castigos físicos;
- Conceder pequenas faixas de terras para que os negros libertos (por compra de alforria ou por outros meios) pudessem produzir e prosperar, etc.
Em um dos trechos de sua representação, podemos ler o apelo do estadista:
Se os negros são homens como nós, e não formam uma espécie de brutos animais; se sentem e pensam como nós, que quadro de dor e de miséria não apresentam eles à imaginação de qualquer homem sensível e cristão? Se os gemidos de um bruto nos condoem, é impossível que deixemos de sentir também certa dor simpática com as desgraças e misérias dos escravos; mas tal é o efeito do costume, e a voz da cobiça, que veem homens correr lágrimas de outros homens, sem que estas lhes espremam dos olhos uma só gota de compaixão e de ternura. Mas a cobiça não sente nem discorre como a razão e a humanidade.
Infelizmente, a primeira constituinte foi desmontada em 1823 e o projeto arquivado.
A batalha de Dom Pedro II e Princesa Isabel contra a escravidão.
Um dos primeiros atos de Dom Pedro II ao atingir a maioridade foi alforriar todos os escravos ao qual era senhor, sendo que a maioria deles permaneceram como funcionáros assalariados. Dom Pedro, buscou através de seu exemplo demonstrar sua repulsa ao sistema escravagista no Brasil, principalmente a Assembléia Geral. Embora não pudesse agir de forma direta, o Imperador Dom Pedro II usava de sua influência para atingir seus objetivos.
Em 1850, Sua Majestade Imperial ameaçou abdicar, caso o Parlamento não proibisse o tráfico negreiro. Somando isso à pressão causada pela Lei Bill Aberdeen, aprovada pelo Parlamento Britânico, em 1845, que dizia que a Armada do Reino Unido poderia apreender navios negreiros, o Partido Conservador, então maioria na Assembleia, tendo à sua frente o Ministro de Justiça, Deputado Euzebio de Queiroz (1812-1868), passou a defender o fim do tráfico de escravos.
Durante seu reinado, tanto Dom Pedro II como sua filha Princesa Isabel lutaram arduamente contra o regime de escravidão em nosso País. Pouco comenta-se, mas a Princesa Isabel foi eleita Senadora ainda aos 24 anos de idade. Durante o segundo reinado, diversas leis foram promulgadas com o intuíto de acabar com a escravidão:
- 1850 – Lei Eusébio Queiroz – Fim do Tráfico Negreiro
- 1871 – Lei do ventre livre
- 1885 – Lei dos Sexagenários
A abolição da escravidão custou o império à Família Real.
Um dos principais fatores que levaram à queda do império brasileiro foi a abolição da escravidão através da Lei Áurea.
Isabel a Redentora, na qualidade de Princesa Regente do Brasil foi alertada pelo Barão de Cotegipe (que era escravagista) após a promulgação da lei:
“Vossa Alteza libertou uma raça, mas perdeu o trono”
A Princesa não hesitou em responder:
“Mil tronos eu tivesse, mil tronos eu daria para libertar os escravos do Brasil”.
Existe ainda muitos fatos a tratar dentro deste tema, em breve pretendo começar a relatá-los e compartilhar o passado glorioso de nosso país.
Parabéns pelo texto, Paulo! Na última linha altere “nossa país” para “nosso país”. Não caia na cilada de ideologia gramatical de gênero. 😉
Obrigado meu caro.
Agradeço o apontamento de correção, ideologia gramatical de gênero passa longe daqui…hahahaha
Olá!Adoro os seus artigos e vídeos! O senhor é muito simpático e inteligente,quem sabe nos conheceremos um dia! Sou de João Pessoa,Paraíba.Ave Império!
Bom dia. Tem um livro publicado em Portugal q não está disponível no Brasil, genocídio ocultado. Vc tem como colocar na livraria?
Não consigo fazer cadastro para importaram além de sair muito caro, diferente de um lote da empresa.