O cerco Chinês a Taiwan e o aviso de guerra de Donald Trump

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Após a segunda invasão da Ucrânia, em fevereiro de 2022, a grande pergunta feita entre os analistas de geopolítica, na qual incluo a equipe do PHVox, era: como a China irá utilizar isto para avançar contra Taiwan?

Estamos assistindo neste momento um verdadeiro cerco militar à Ilha de Taiwan, um teste de força e resposta à recente viagem da presidente taiwanesa para a América Central e EUA. Mas além de uma resposta, este movimento coloca em prática um “Plano A” da China de tentar minar a ilha sem uma invasão anfíbia. “De quebra”, a possibilidade de testar qual será a resposta diplomática dos aliados da República da China, nome oficial de Taiwan.

Após uma visita de Xi Jin Ping à Vladimir Putin em Moscou nas últimas semanas, na qual as câmeras flagraram um diálogo entre os dois afirmando que estão construindo uma Nova Ordem Mundial, Xi recebeu em Pequim o presidente Francês Emanuel Macron; que por sua vez voltou à Europa como um porta voz não eleito dos interesses do continente, dizendo que os europeus não poderiam apoiar os EUA em um conflito com a China. Claramente tentando assumir o posto de liderança seguindo as regras de Maquiavel: rogue para si um poder, se ninguém o reivindicar, o poder é seu.

Macron, ao que parece, foi orientado ou no mínimo alinhou interesses com os chineses, saiu com a missão de alinhar a União Européia a estes interesses. Não perdeu tempo e concedeu a entrevista onde fez estas declarações ainda no avião.

A coincidência? Emanuel Macron exerceu exatamente este papel antes da invasão da Ucrânia, realizando viagens para Moscou e sendo recebido por Putin em mais de uma oportunidade.

Chama a atenção o fato de que, ao contrário do diz o Francês, em um conflito em larga escala, a Europa sozinha não tem condições de se defender:

A Alemanha durante a era Merkel utilizou e abusou dos serviços militares dos EUA e não pagavam a conta, além de não investirem os 2% do PIB em defesa, conforme acordo de membros da OTAN. Depois de 15 anos de calotes, Donald Trump retirou as tropas e as enviou para o leste, mais especificamente a Polônia.[1] Recentemente o governo admitiu que precisa de no mínimo 5 anos para conseguir deixar seu exército plenamente preparado para uma crise militar.

No Reino Unido, recentemente, o Major-general britânico Charlie Collins informou que a nação atualmente não possui a capacidade de enfrentar uma guerra sozinha.[2] Fator importante que demonstra isto foi a atuação de Boris Johnson nos bastidores da escolha de Rishi Sunak como primeiro-ministro, onde Boris era favorito para retornar ao cargo: ele negociou sua decisão de não aceitar a indicação desde que, Sunak, se comprometesse a manter inalterada a política de defesa desenhada por Ben Wallace (secretário de defesa britânico) e aumentar os investimentos em defesa.

A própria França vem enfrentando problemas internos, principalmente de insatisfação dos militares da reserva e ativa com o atual governo, chegando a publicarem cartas públicas de cobrança em 2021[3], ação esta que é terminantemente proibida a qualquer militar francês da ativa ou não. Macron não teve força para puni-los.

Israel está enfrentando neste momento uma verdadeira guerra política, em torno do projeto de reforma judicial, com diversas influências externas atuando no país, muitas vindas do Partido das Sombras de Soros que controla boa parte dos Democratas Americanos. A situação é mais grave do que o noticiado e pode acarretar um conflito interno ou mesmo externo para Israel.

Neste domingo de Páscoa, 09 de abril, Donald Trump postou a imagem abaixo em sua rede social (Truth)[4]:

Quero finalizar este breve panorama geopolítico com um ditado que cabe muito bem na atual situação:

“Aquele que negocia com o predador, consegue no máximo ser deixado como o último da fila de vítimas.”


[1] Trump: Polônia vai retirar algumas tropas dos EUA da Alemanha: https://apnews.com/article/europe-virus-outbreak-donald-trump-ap-top-news-germany-d6ebba9dfb5f500775a24a9d479e1d9c

[2] Exército britânico foi tão degradado por cortes que o Reino Unido não é mais capaz de lutar uma guerra por conta própria, diz oficial sênior: https://www.dailymail.co.uk/news/article-11848669/British-Army-degraded-cuts-UK-no-longer-capable-fighting-war-own.html

[3] Governo francês furioso com nova carta militar alertando Macron sobre “sobrevivência” da França:

https://www.france24.com/en/france/20210510-french-government-furious-over-new-military-letter-warning-macron-of-survival-of-france

[4] Declaração de Trump: https://truthsocial.com/@realDonaldTrump/posts/110170048855978915

Um comentário sobre “O cerco Chinês a Taiwan e o aviso de guerra de Donald Trump”

  1. ELCIO EMILIO AFFONSO disse:

    Estão pondo os estados unidos de joelhos . Quando os iranianos acamparem definitivamente na Venezuela ,Nicarágua ,cuba . China com base na Argentina logo logo no Paraguai o a Otan se fodendo.

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