“No teatro da geopolítica, a fachada vale mais que a verdade. E quando a fachada é o Brasil, é sinal de que a peça é suja.”
A Reuters soltou a bomba: mais de 1 bilhão de dólares em petróleo venezuelano foi enviado à China com documentação fraudulenta, registrando o Brasil como país de origem. Em outras palavras, o Brasil foi usado — ou se deixou usar — como fachada do regime chavista. O objetivo: contornar as sanções impostas pelos Estados Unidos à Venezuela. O método: “lavagem de petróleo”.
Se confirmado, trata-se de um dos maiores escândalos energéticos internacionais com envolvimento indireto (ou direto) do governo brasileiro. E como sempre, o silêncio oficial é ensurdecedor.
A denúncia
A operação foi desvendada por meio de rastreamento marítimo, imagens de satélite, dados alfandegários e documentos internos da estatal venezuelana PDVSA. O que se descobriu?
- Traders chineses, sob tutela ou influência direta do Partido Comunista Chinês, vêm rotulando petróleo venezuelano como “mistura de betume do Brasil”.
- Essa classificação permite que o petróleo entre na China sem passar por sanções, pois evita a exigência de cotas de importação aplicadas ao petróleo bruto.
- Os navios partem da Venezuela, mas alteram seus sinais GPS para simular uma partida de portos brasileiros — prática conhecida como “spoofing”.
- Os documentos de origem são falsificados. A Petrobras nega qualquer exportação de mistura de betume para a China. A Receita Federal brasileira também não registra esse tipo de embarque.
Então de onde vem o petróleo “brasileiro” que abastece refinarias chinesas?
Os fatos que reforçam o escândalo
- O volume movimentado entre julho de 2024 e março de 2025 é de 1,2 bilhão de dólares.
- A China importou 2,7 milhões de toneladas métricas de betume “brasileiro”, que, segundo fontes do setor e análises de carga, é o Petróleo Merey, pesado e típico da Venezuela.
- O caso lembra o episódio das manchas de óleo na costa brasileira em 2019. Na época, análises da UFBA apontaram origem venezuelana. A mídia abafou. O Greenpeace culpou o governo. E depois descobriu-se que os navios envolvidos pertenciam à frota fantasma russa.
Os métodos se repetem. O enredo se repete. Os atores também.
Brasil: vítima de fraude ou parceiro por omissão?
Essa é a pergunta que a matéria da Reuters deixa no ar — e que o governo brasileiro se recusa a responder. A reportagem buscou contato com representantes do governo federal. Nenhuma resposta foi dada.
Silêncio institucional em um caso que envolve:
- Falsificação de documentos de origem de carga
- Uso indevido do nome do Brasil para fins de evasão de sanções
- Possível atuação (ou omissão) de estruturas sob responsabilidade do Estado brasileiro
Em qualquer país sério, isso geraria uma crise diplomática imediata. No Brasil, gera uma piada de mau gosto — e mais uma “nota de rodapé” em veículos simpáticos ao governo.
Foro de São Paulo, China e o velho esquema
Nicolás Maduro é mais do que um ditador. É um operador estratégico do Foro de São Paulo. Lula é mais do que um presidente. Foi garoto-propaganda de Fidel Castro na fundação do Foro e defensor confesso de Maduro. China, Irã e Rússia são os braços logísticos e financeiros dessa aliança informal, que conecta petróleo, drogas, armas, corrupção e agora também “spoofing” marítimo.
Quando Lula participa de paradas militares ao lado de Putin e Xi Jinping, não é diplomacia: é alinhamento. Quando o PT assina acordos com o Partido Comunista Chinês, não é cooperação: é convergência ideológica. E quando o Brasil aparece como fachada para Maduro fazer “lavagem de petróleo”, não é acaso. É método.
Conclusão
Ainda não sabemos se o governo brasileiro está diretamente envolvido na falsificação de origem das cargas. Mas sabemos que:
Há falsificação.
O nome do Brasil está sendo usado.
O governo foi avisado.
E está em silêncio.
Como diria Lula sobre Maduro: ele “só precisa de uma narrativa”. Pois bem, a narrativa está pronta.
E ela é suja, viscosa e fétida como o petróleo que sai das refinarias da PDVSA.
“A ‘lavagem de petróleo’ é o novo escândalo tropical. Só falta a delação premiada.”